Botei na soga lá na sanga do capão
Ganhei gervão, litro atado no gargalo
Depois de uns gole fui pro baile do Adão
Gaita e violão pra dançar fazendo valo
Larguei pifado porque vi já na entrada
Uma namorada que me fez sofrer por ela
Pensei comigo: quantas volta o mundo dá
E o meu patuá carrego junto na lapela
Refrão
Por ser assim, não “ froxei” pro seu sorriso
Cabelo liso, do lado esquerdo uma flor
Era um sinal que a prenda tava solteira
Uma vida inteira não apaga um grande amor
O tempo velho me ensinou muitos atalhos
Do meu baralho, eu disfarço e depois pego
Perna comprida nem sempre chega primeiro
Não é a toa os fios brancos que eu carrego
Dancei com ela umas quatro ou cinco marcas
E eu monarca pra isso tenho destreza
Pararam o baile pro Adão dar uns palpite
E ela fez o convite pra prosear na sua mesa
Refrão
Em fala mansa me disse por ande andou
E confessou deixar no pago uma paixão
E me mostrou uma flor seca na carteira
De uma roseira que lhe dei certa ocasião
Voltei pro rancho sentindo a brisa do vento
E um sentimento que por Bueno não tem preço
Vim emponchado com esta chama que ainda arde
Pois nunca é tarde para haver um recomeço
Refrão
Corda de sisal.
Pequeno córrego, bossoroca.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
O osso do jogo-do-osso.
Lugar em que se nasce, de origem
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Bom.