"Esse bufo de cordeona vai pra todos os crioulos do meu Rio Grande véio' bagual, pra aqueles campeiros que, assim como diz meu pai: Esta vai pros de Cruz na testa, Régis Marques."
Sempre que escuto um relincho
Mugir de gado berrando
Resmungo de oito baixo'
E o nego véio' tocando
Bem antes, cantar do galo
Fazendo o fogo de chão
Cambona véia' chiando
Pra tomar meu chimarrão
Assim mesmo é meu Rio Grande
Deste jeitão, meu Rio Grande
Assim mesmo é meu Rio Grande
Deste jeitão, meu Rio Grande
"Venha conhecer nossos campos, nossas coxilhas. Ah! Rio Grande véio'."
O meu galpão fumaceado
Pinhão na chapa e puchero
Um camargo espumadito
Sustância pra esse campeiro
Pra despôs', quebrando geada
Troteando entre o sol nascer
Um quero-quero revoando
Carreta véia' ao ranger
Assim mesmo é meu Rio Grande
Deste jeitão, meu Rio Grande
Assim mesmo é meu Rio Grande
Deste jeitão, meu Rio Grande
"E me adescurpe' esse cheiro de campo, parceiro véio."
Junta de boi pro arado
Semente que vai ao chão
E o trigo ganhando vida
Benção de ervais do rincão
Nasci, me criei gaúcho
Fundido ao pai no galpão
Pra mim, não quero outra vida
Sou cria da tradição
Assim mesmo é meu Rio Grande
Deste jeitão, meu Rio Grande
Assim mesmo é meu Rio Grande
Deste jeitão, meu Rio Grande
Assim mesmo é meu Rio Grande
Deste jeitão, meu Rio Grande
Assim mesmo é meu Rio Grande
Deste jeitão, meu Rio Grande
"E venha conhecer a hospitalidade do gaúcho, tchê."
Letra: Régis Marques
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.