Alguns me chamam Cambona
Pros jujos do coração
Sou mais tosca que a chaleira
Por fogonear no galpão
Tenho orgulho em ser Cambona
Sou parte da tradição
Eu fui cantil de carreta
Farrapa em revolução
Quem foi tropeiro em fronteira
Quem rasgou campo e luar
Quem fez pousada em fazenda
Deu oh! de casa ao chegar
Fez chá empoeirado em Cambona
Aquentou o peito à matear
Passou pra diante o tropeiro
Desatrelando a carona
Prum missal bem galponeiro
Changa xucra e redomona
Caneca tosca de guerra
Da labareda gaviona
Sina grongueira do andante
É fogonear co'a Cambona
Quem foi tropeiro em fronteira
Quem rasgou campo e luar
Quem fez pousada em fazenda
Deu oh! de casa ao chegar
Fez chá empoeirado em Cambona
Aquentou o peito à matear
Aramado em corso à orelha
Pra o manuseio do peão
Empicumada e bem preta
Da forquilha de um fogão
No fumegar da saudade
Mesclada à paia' do peão
Novo raio numa trempe
A Cambona é tradição
Quem foi tropeiro em fronteira
Quem rasgou campo e luar
Quem fez pousada em fazenda
Deu oh! de casa ao chegar
Fez chá empoeirado em Cambona
Aquentou o peito à matear
Quem foi tropeiro em fronteira
Quem rasgou campo e luar
Quem fez pousada em fazenda
Deu oh! de casa ao chegar
Fez chá empoeirado em Cambona
Aquentou o peito à matear
Letra: Régis Marques
Pava