Letra: José Carlo Bastita de Deus
Música: Fernando Safeald / Fabiano Bacchieri
Toda vez que o céu estende nuvens negras no varal
Tento acalmar meus anseios boto meneia e buçal
Reforço as cercas do peito pois sei quem vem temporal
Toda vez que o céu estende nuvens negras no varal
De nada adianta buscar abrigo pra os sentimentos
Que o teu olhar libertou cortando todos os tentos
Numa tormenta impiedosa de aniquilar pensamentos
De nada adianta buscar abrigo pra os sentimentos
Ninguém viu tal tempestade naquela noite de lua
Quando o negrume dos olhos devagar feito uma pua
Atravessou minha alma e acolherou junto a tua
Ninguém viu tal tempestade naquela noite de lua
O tempo mal se encarrega de remembrar meu tropeço
O coração corcoveando virava a vida do avesso
E a escuridão do teus olhos cinchava o fim pra o começo
O tempo mal se encarrega de remembrar meu tropeço
O corpo fica sem quincha sentindo a alma ir embora
O tombo abraça o ginete que beija o chão nesta hora
Entregue a dois olhos negros par encantado de esporas
O corpo fica sem quincha sentindo a alma ir embora
Resta esperar pelo tempo juntar de novo os arreios
Remendar cordas e cercas domar melhor os anseios
Tentar talvez não buscar a luz nos olhos alheios
Resta esperar pelo tempo juntar de novo os arreios
Cobertura com santa-fé, macega ou folhas de palmeiras.
Queda.