Letra: Paulo Garcia
Música: Jairo Lambari Fernandes
Amanheceu a querência
Num silêncio absoluto
E o rincão veste luto
Por respeito ao domador
O picaço se perdeu
E o poliango vinha no laço
Três negros no mesmo espaço
E a negra morte acampou
Se quedou numa rodada
Dessas que a vida atropela
Ao tranco varou a acancela
E da vida se apeou
Três negros no mesmo espaço
E a negra morte acampou
Quem visse o negro domando
Lidando com corda e potro
Um xucro domando outro
Dois touros num só rodeio
Repassou ensinamentos
Desde o cabresto ao bocal
Invitado nos recaus
Mestre na lida do freio
Lida do freio
Quando tiro a passarinha
De um potro que aceita o freio
E cruzo rangindo arreio
Donde plantaram tua cruz
Vejo o pago que traduz
A tua história contada
Na boca da cavalhada
Pelos mansos da minha pampa
Feito um quadro que se estampa
O picaço das encilha
Segue adornando as flexilhas
Pastando em volta da campa
Na boca da cavalhada
Pelos mansos da minha pampa
Cada um tem sua sina, carrego a de cantador
A tua de domador, transcreveu para as barbelas
A minha eu trago na goela, e que a terra lhe seja leve
Nessas horas de percebe,cantando as coisas da lida
Que o que se leva da vida , é a história que a gente escreve
Quem visse o negro domando
Lidando com corda e potro
Um xucro domando outro
Dois touros num só rodeio
Repassou ensinamentos
Desde o cabresto ao bocal
Invitado nos recaus
Mestre na lida do freio
Lida do freio
Lugar isolado em fundo de campo.
Andadura lenta dos eguariços.
Selvagem.
Apero de couro cru que prende-se ao buçal (pela cedeira ou fiador).
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Lugar em que se nasce, de origem
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).