Letra: João Fontoura
Música: Zulmar Benitez
Meu berço foi um arreio, meu altar uma mangueira
Na rude sina campeira, de potreador veterano
Pois não nasci por engano, vim para o mundo dos bastos
Quando a pátria se acordava e um ventena corcoveva roçando a marca nos pastos.
Fui parido pela pampa, índia guapa e chimarrona
Pra lamber sal em carona, mapeando a vida em tropeada
Bebendo o sol nas aguadas, “dum Martin Fierro” na estampa
E ao som de cascos de guampas, fiz as primeiras pajadas.
Quando o primeiro charrua de lança saltava em pêlo
Para fazer o sinuelo, dos alçados do meu pago
O primeiro mate amargo com as bênçãos de Tupã
E o sol beijou a manhã para cumprir seu encargo.
Por isso abro meu peito, meu verso ao mundo levanto
Esclareço no meu canto, sem deixar verdade a soga
Pois jamais alguém prorroga o pulsar de um coração
E a verdadeira razão, não usa anel e nem toga.
Já hoje vejo a Pátria espoliada e repartida
Mudaram-se as leis da lida, não é mais o Patrão que manda
Quem tem dinheiro comanda apojando falsa ilusão
Sem adubo nas raízes vão forjando cicatrizes, mangueira, campo e galpão.
Destino, sorte.
Um dos povos guaranys pertencentes à nação dos pampeanos.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
A maior autoridade de uma Estância, Fazenda ou CTG.