Letra e Música: Rogério Villagran
No chamarreio da bandona mal-costeada
Peço a bolada da mais veiaca do lote
Se a mim me toca, que o resto se leve à breca
Depois que seca o primeiro suor do trote
Quebro na testa meu sombreiro de aba larga
Arrasto a carga bem pra o meio do salão
Levo os encontro, ali num grito de solta
Buscando a volta deste baita vaneirão
Ali o Medeiros que da farra é testemunho
Afirma os punho nas costela do bandôneo
E a mal-costeada diz que um eito é muito pouco
E que eu sou louco e tenho parte com o demônio
Levo na cincha esta matreira que se joga
Coiceando a soga que castiga na virilha
Grudo-lhe as unha e deixo, no más, que se torça
Pois faço força é bem no meio da forquilha
Eu sou crioulo do passo do reculuta
E lida bruta não me assusta neste embalo
Já relampeado e co'zóio virado em brasa
Se derem vaza, eu entro e danço de a cavalo
Ali o Medeiros que da farra é testemunho...