( Zé Moraes)
Tem um recanto abençoado, num fundão do Paraná,
Eu amo muito essa terra, pois eu sou nascido lá
Meu chapéu é desabado de surrar os bois na lida,
De montar e correr o laço minha bombacha ta batida
Minha bota ta esfolada passo o dia campereando
Com ela chuto macega e também danço fandango
Se a melena é mal tosada é estampa deste campeiro
Eu sou nascido no Pinhão na capital dos Gaiteiros
É verdade meu amigo, do pinhão nasce o pinheiro
Eu sou mais um que nasci na Capital dos gaiteiros.
É capital dos gaiteiros e muito mais ta chegando
Nesta terra em qualquer canto se ouve gaita roncando
Gaiteiros deste meu pago pelo mundo ta espalhado
Com a cordeona no peito e os dedos nos teclados
Quem inventou esta terra, foi um quera de valor
Por certo foi um gaiteiro valente e trabalhador
Dançador, bem campeiro de respeito e devoção
E o Padroeiro Divino é que abençoa o Pinhão.
É verdade meu amigo, do pinhão nasce o pinheiro
Eu sou mais um que nasci na Capital dos gaiteiros.
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.
Calça-larga abotoada na canela do gaúcho
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.
O mesmo que cabelo
Lugar em que se nasce, de origem
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.