(José Mendes)
Através desta música a homenagem deste cantor paranaense Zé Moraes ao saudoso e eterno José Mendes.
Minha cordeona de vinte e uma teclas
E oito baixos pra me acompanhar
E quando eu abro a minha gaita velha
Sinto saudades chego até chorar
De vez em quando eu abro o peito e canto
E a gaita velha chora nos meus braços
“Até os velhos de noventa anos
Saltam danando firme no compasso”
Meu violão andava muito triste
Sem ter ninguém pra Le fazer carinho
Le arranjei esta cordeona linda
Pra o meu amigo não viver sozinho
Conheço bem a vida de gauderio
Tem certas coisas que o mundo requer
“É muito triste a vida de um gaúcho
Sem as caricias de uma mulher”
Quando regresso cansado da viagem
Existe alguém que vive a me esperar
É uma china que eu adoro muito
Cabelos longos olhos cor do mar
É esta flor que me enfeita o rancho
Disque me ama com sinceridade
“Sempre me espera na porta do rancho
Beija e me abraça louca de saudade”
De vez em quando só por brincadeira
Faço ciúmes pro meu violão
Pego a cordeona e toca uma vaneira
Enquanto a china seva o chimarrão
Depois eu largo minha gaita amiga
Pra minha flor eu vou fazer carinho
“Assim é a vida desses dois gaudérios
Que desistiram de viver sozinho”
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).