Autor: Zé Moraes
De vez em quando amanheço bem resolvido,
Saio pra o povo pra ver quem eu quero bem,
E vou “solito” pois eu já sou bem crescido
E não fui nascido grudado com mais ninguém,
Não tenho pressa onde chego faço parada,
Se tem cordeona me grudo igual picumã,
E não adianta pois não tem quem me reponte,
Eu vim anteontem e volto depois de amanhã.
Eu descobri que a vida é curta meu amigo,
Mesmo que viva todo o tempo que ela tem,
A morte é certa e as vez chega no repente,
“Pealeia” o vivente e não avisa quando vem,
Por isso todo dia de manhã bem cedo,
Agradeço a deus por eu ser um filho seu,
Somente nele acredito e tenho respeito,
E aproveito mais um dia que me deu.
É muito lindo o bem querer e a paixão,
Quando invade o coração de alguém,
Mais o amor vitalício é utopia,
E a maioria só dura até que convém,
Eu sou teimoso às vezes até comigo mesmo,
Mais quem no mundo por alguém nunca sofreu,
Quando o amor finda duvido quem não magoe,
E me perdoe os que não pensam que nem eu.
Eu sei que hoje está tudo muito mudado,
Mais o caráter não se apaga com o tempo,
Pois a palavra e a honra que eu conheço,
Não tem preço e vale mais que documento,
Por ilusão já sofri até desenganos,
Mais é do mundo que grande lição se tira,
Prefiro mesmo a dura realidade,
Chorar com a verdade do que sorrir com a mentira.
Vila, distrito.
Indivíduo, criatura, pessoa.