Oigale-te vento norte vai chover já ta com jeito
Meu chapéu entorta a aba e o lenço bate no peito
Tostado trocando orelha bate casco estrada a fora
Vou escutando o tinido das rosetas das esporas
Nasci no berço da pampa e a querência me criou
O tempo me fez gaúcho e o Rio Grande me adotou
Tenho dois cachorro amigo e meu tostado de raça
Arranquei guampa de touro num golpe de doze braças
Já amansei potro de em pelo, já pelei e já fiz de tudo
Sou grosso por natureza que nem soveu cabeludo.
O lombo de um aporreado me embalou quando guri
Foi no colégio do mundo onde estudei e cresci
Num corcovear de vanera aprendi ser bailador
Chora na orelha da china numa carteada de amor.
Nesta jornada baguala o tempo é meu companheiro
Me vou cruzando horizonte e o destino é meu ponteiro
No pensamento um sinuelo apontando o rumo certo
Onde minha tropa de sonhos vai pastar num campo aberto
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Tem dois sentidos: impulso brusco ou negócio fraudulento de alarife.
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Mal domado.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Um ou mais animais mansos que servem de guia à tropa.
Coletivo de militares e de bovinos.