Bueno
Pra quem casereia milongueando pro gasto
Campeia o que pensa na aba dos bastos
Bota o cavalo na sombra, palmeia uma cuia
E nem que a vaca tuça entrega os pelegos.
Sempre quem cuida do rancho, quem trata da bóia,
Quem limpa o pátio
Arruma o catre, prepara o mate, estende a mão
Sempre conversa com as coisas, afaga os cachorros,
Dá leite aos guaxos
Atiça o fogo, atora a lenha, varre o galpão
Sempre na volta das casas, pendura as garras
Mermando a charla
Quando a guitarra guasqueia a alma a duras penas
Fere quando o assunto cala mais fundo
Pra dar cosumo aos desajudos
Dos musiqueiros lá da fronteira!
Ama quem conhece o campo
Quem é lá de fora do nosso interior
Não é sopa amigo velho
A dor é um "causo" sério
Trancando o garrão!
Que bueno quando a alma não põe reparos
As amagadas da vida chairando a barbela do tempo!
Volta pro cocho saudade! Deixa de encher os tubos,
E vê se não amola!
Bom.
Corrente que une as gâmbas do freio.