Paullo costa ,Marcus Vigolo
E atenção gauchada que vive oitavada nos balcões dos bolichos
Me bandeei pra o litoral por volta das onze e meia
Cheguei na beira da praia procurando uma sereia
Avistei uma pernuda lagarteando na areia
Quando perto eu cheguei a tipa disse larguei
Tu já ta de guampa cheia
Quando chego num bolicho tomo uns trago que tonteia
Por isso que a gauchada me chama de guampa cheia
Por isso que a gauchada me chama de guampa cheia
Eu fui tocar um fandango Lá pelo passo da areia
E sempre no fim do baile que a coisa incendeia
E quando me dei por conta tava enfiado na peleia
Sai com o poncho esfiapado deixei uns quantos cortados
Mais sempre de guampa cheia
Chegando em casa mamau é que a coisa fica feia
A patroa quando braba da pinote e corcoveia
Quis ela se botá em mim gritei ta feita a peleia
Ela com u rolo de massa ai que cheiro de cachaça
Tu já ta de guampa cheia
Depois daquele entrevero que o indo se desnorteia
A diaba de mim deu queixa senti o calor da maneia
Eu tirei um mês de folga descansando na cadeia
Cumpri o tempo na manha levei um barril de canha
E sempre de guampa cheia