(Lisandro Amaral)
Gritos de guerra e uma tropilha em disparada
Vigor de eguada em desespero e fim de luz
Nenhuma cruz a demarcar que este perau
Foi vendaval, portal da morte sem consolo
Ritual crioulo a consumir pêlo e carnal
Pêlo e carnal
Vinha no mouro, o mais campeiro dos vaqueanos
Num baio ruano, um índio pampa boleador
Força e calor, em tantos outros sem bandeira
Que a polvadeira disfarçou na correria
E a valentia deu olhar de boleadeiras
De boleadeiras
Ah, iahahá, iahahá, iahahá!!!
Correndo eguada por motivos de fronteira
Gritos de guerra no olhar das boleadeiras
Gritos de guerra no olhar das boleadeiras
A vida é um laço que se estende frente aos homens
Também consome quem se vai, rumo ao perau
Ser imortal é deixar frutos quando passa
Ser a 'torcaza' frente à paz dos semelhantes
Junto aos errantes, ser bandeira de uma raça
De uma raça
Vinha no mouro, o mais campeiro dos vaqueanos...
Ah, iahahá, iahahá, iahahá!!!
Correndo eguada por motivos de fronteira
Gritos de guerra no olhar das boleadeiras
Gritos de guerra no olhar das boleadeiras