(Mauro Moraes)
De certa feita, lá pelas tantas
Troquei de manhas meu andejar
Lanhei meu braço, tiro de laço
Na picardia do linguajar
Num gole feio de um tira-gosto
Num buenas tarde, me fui chegando
Desencilhando qualquer domingo
Onde termino me aquerenciando
E, vez por outra, num lusco-fusco
De brilho forte me tapa o rastro
Onde me escapo da marcação
E num boleio de despedida
Me desespero, levando a vida
Com o alambrado, moirão a moirão
Por certo, ainda de muito andar
Meu fim de mundo terá lugar
E as distâncias que peregrinam
Darão aos lírios onde brotar
De palo a palo, tranqueando a sorte
Por invernadas irei seguir
Arremedando os vaga-lumes
Que meus queixumes virão grunir
E, vez por outra, num lusco-fusco...