(Thunão Pereira/Jeferson Braz "Madruga")
Eu rasgo o fole da gaita
E quebro queixo de redomão
Gaiteiro é também ginete
Campeiro por vocação
Manejo bem a cordeona
Num baile véio botado
E nas estâncias do Rio Grande
Dou pau n’algum aporreado
Na gaita eu dou carinho
No cavalo dou ensino
A gaita acaricio
O cavalo eu arrocino
Tanto faz, gaita e cavalo
Qualquer um me dá alegria
Um eu carrego de noite
O outro me leva de dia
Eu rasgo o fole da gaita...
Sou da lida da campanha
Templa xucra de galpão
Toco gaita e gineteio
Sempre co’a mesma emoção
Esta é a vida que eu levo
Minha própria identidade
Gaita e cavalo, meu mundo
Duas paixões de verdade
Eu rasgo o fole da gaita...
Meu mundo é gaita e cavalo
Que mais fiel parceria
Duas figuras da pampa
Povoando minha poesia
Num bate cascos de acorde
Meu tropel de sinfonias
Vou no compasso das notas
Assobiando melodias
Eu rasgo o fole da gaita...