Velho galpão, o meu recanto sagrado
Mesmo escorado mas pra mim tu ainda presta
Nos verão quente vou semear ataca o sol
De noite a lua sai me espiando pelas fresta
Graças a deus eu sou um galponeiro feliz
Defendo as raízes e é um direito que me assiste
O fogo grande é o que me aquenta a cambona
E a cordeona me alegra nas horas triste.
O fogo grande é o que me aquenta a cambona
E a cordeona me alegra nas horas triste.
E a cordeona evoa sob o universo
E eu canto verso apra alegrar o meu santo
O fogo véio me aquenta as bota e as chilena
E eu com as melena tapada de picumã
De madrugada assim que eu saio do catri
Preparo um mate depois de um sono tranquilo
Grita uma rã num buraco de um esteio
E eu mateio escutando o cantar dos grilo.
Grita uma rã num buraco de um esteio
E eu mateio escutando o cantar dos grilo.
Enfrente o galpão, do meu cavalo eu me apeio
Tiro os arreio e penduro num cavalete
Berando o fogo num banco baixo eu me sento
Enquanto afervento uma panele de suquete
Pra quem conserva, carrega nos corações
As tradições desta pátria redomona
Com muita fibra cancei o pé e lhe garanto
Canto e recanto fogo, galpão e cordeona.
Com muita fibra cancei o pé e lhe garanto
Canto e recanto fogo, galpão e cordeona.
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.
O mesmo que cabelo
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.