Tanto homem depois que casa sempre arruma uma filial
E esta filial sempre tem outro também
É uma chifraiada que não tem tamanho
A moda do chifre tá pegando muito bem.
É um entrevero de guampa que ninguém atura
A doença não tem cura e remédio não tem também
Ataca na cabeça e dá um revertério na cuca
Deixa a idéia maluca, chifre vai e chifre vem.
Se tu me bota guampa eu também te boto chifre
Se tu me bota chifre eu também te boto guampa
É chifrada por cornada por mais que tu não mereça
Se esquenta a cabeça acaba encircuitando as guampas.
Muitas muié logo que casa, é amor pra cá meu bem pra lá
Mais logo pega enjoa a mesma comida noite e dia
Se o macho é inteligente, faz comidas diferente
E ela acaba satisfeita com a sua companhia.
Pinguancha que casa nova sonha com rancho e família
No começo é maravilha e os tropeços vem ligeiro
Logo sente saudade dos bons tempos de solteira
E frouxa a casca bem ligeiro enfeita a testa do parceiro
Muito macho depois de véio vira a conquistador
E no cabo do amor sempre tem sua pretensão
Só pensa em dar dentada na maçã dos outros
E acaba descuidando com a que tem nas mãos.
Então escutem bem o verso que te digo
Cuidado meu amigo com este tal de Ricardão
E tem cego que entende, mas faz que não compreende
Tem dobradiça nas guampas pra poder passar em portão.
Mistura e confusão de pessoas, animais ou coisas.
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.