Amonta de novo meu compadre ferra perna
Carga de laço esse beiçudo excumugado
Não te encabula se o povo der risada
Tu não tem curpa dele ter te derrubado
Aqui na estância nossa doma é desse jeito
Caímo tombo e não fiquemo encabulado
Com o chapéu batemo a poeira da bombacha
E novamente já saímo enforquiado (2x)
Aqui na estância quando nóis bamo domá
Enche de gente quando sabem desse boato
Gostam de vê um cola suja veiaquiando
E um peão no lombo bem igual um carrapato
É um romorão se estravindo campo afora
Que até parece que vai passando um ajato
De quando em vez se ouve estalo de mango
Um ginete pitando no lombo dum veiaco(2x)
E o nêgo piá peão mais véio lá da estância
Quaje morreu numa rodada que levo
Ficou bem tonto agarrado num pau-ferro
Lá na ladeira quando o beiçudo rodou
E o paisandu se rachou bem pelo meio
E o crinudo só pros corvo se prestou
Quebrou o pescoço e foi morrer lá na canhada
E do apero muito poco que resto
Por isso eu peço para todos meus amigos
Prestá atenção na hora que vão domá
Aperte bem o bocal e o arreio
E olhe pro céu um pouco antes de amontá
Peça pra deus que lhe dê uma proteção
Faça uma prece nem que não saiba rezar
Sarte pra o lombo e se firme nos arreio
Sobrando a vida pos o resto que se vá (2x)
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.
Vila, distrito.
Grande estabelecimento rural (latifúndio) com uma área de 4.356 hectares (50 quadras de sesmaria ou uma légua) até 13.068 hectares (150 quadras de sesmaria ou três léguas), dividida em Fazendas e estas em invernadas.
Adestramento.
Queda.
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.
Guri.
Queda do animal com o ginete (campeiro ou domador).
Animal de crinas compridas ou grandes.