Quando a saudade é demais o dia custa a passar
Os ponteiros do relógio andam bem mais devagar
O telefone não toca dá vontade de chorar
O vento norte castiga a poeira impregna o ar
O Sol maleva e teimoso
Não chama a Lua pra o pouso, nem quer sair do lugar.
O rancho fica abafado o campo ermo e imenso
Até o cantar da cigarra me deixa nervoso e tenso
O chapéu cai da cabeça desata o nó do meu lenço
Mesmo escutando verdades muito pouco me convenço
Quem ama jamais esquece,
Pois tua imagem aparece em tudo aquilo que penso.
O dia parece um mês e o mês a eternidade
Eu pareço um grão de areia perdido na imensidade
Angustia me aperta o peito o desespero me invade
Me perco num devaneio longe da realidade
Entre o delírio e tédio tua presença é o remédio pra me curar da saudade
Malfeitor, desalmado, mau e perverso.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.