Se amanheço mal dormido reinando de bofe azedo
Viro o mate quebro a cuia saio coiceando o cosquedo
Acordo quem tá dormindo c'os grito da guaipecada
Faço um tendel na mangueira dando pau na matungada (2x)
Ao entrar na mangueira uma zebua me atropela
Espatifo um toco de trama batendo nos corno dela
É vaca, cavalo e homem disputando o mesmo espaço
Até minha sombra se esconde de medo de entrar pro laço
Meto o buçal num sebruno que dos maula é o pior
Cheguêmo lá no palanque nós dois lavado de suor
Destratuchamo de podre carne de corvo no inverno
Golpe, gripe e manotaço a mangueira vira um inferno (2x)
Saímo eu e o sebruno achatando o macegal
Quem olha pensa que eu pertenço ao mundo animal
Depois voltêmo pra estância os dois com cara de mau
Eu amolentado a golpe ele encaroçado a pau (2x)
Apeio diante ao galpão sacolesca dou-lhe um banho
E pra que nunca me esqueça passo salmoura nos lanho
Deixo no mas a lição pra evitar algum enredo
Nem chegue perto de mim quando estou de bofe azedo (2x)
(Deixo no mas a lição pra evitar algum enredo
Nem chegue perto de mim quando estou de bofe azedo)
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Cabaça para chimarrear (ou matear); em guarany caiguá.
Grande curral.
Tem dois sentidos: pode ser marido de mulher que prevarica e também pode ser chifre ou aspa de besta.
Primeiro apero do “preparo” da encilha.
Vivente que não devemos recomendar.
Esteio grosso e forte, onde se amarram animais.
Pancada com a mão.
Grande estabelecimento rural (latifúndio) com uma área de 4.356 hectares (50 quadras de sesmaria ou uma légua) até 13.068 hectares (150 quadras de sesmaria ou três léguas), dividida em Fazendas e estas em invernadas.
Tem dois sentidos: impulso brusco ou negócio fraudulento de alarife.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.