Mas eu já sou bem bagual
Ando por ai campeando bailanta
Da serra até a fronteira
E fico bem louco quando ronca a botoneira
Seu gaiteiro me gusta um baile de rancho
De um farrancho no galpão quinchado de santa-fé
De chão batido alumiado de candeeiro
Retoçado bem campeiro onde a noite não dê pé
Qual perdigueiro vou no faro da cordeona
Que as mimosa querendona já aguardam esse gauchão
Vamo gateado porque um tranco de vanera
É remédio pra coceira que as botas dão no garrão
Tuque-tuque do pandeiro varifum na botoneira
Eu gasto a taco da bota e dou um nó na minha quaieira
Tuque-tuque do pandeiro varifum na botoneira
E eu varo a madrugada num trancaço de vanera
Bombiei a sala a campear uma pras marca
Pois quando entro na fuzarca sou pai e não sou padrasto
Já dou demão na China do meu agrado e um pra cá
Dois pro outro lado sem jamais perder o passo
Coisa lindaça quando ronca a botoneira
Vou na volta pelas beira qual um burro de olaria
E assim se bamo entre a poeira e a fumaça
Balançando a carcaça até o clarear do dia
Tuque-tuque do pandeiro varifum na botoneira
Eu gasto a taco da bota e dou um nó na minha quaieira
Tuque-tuque do pandeiro varifum na botoneira
E eu varo a madrugada num trancaço de vanera
excelente, bom, ótimo ou cavalo xucro
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
Planta, cujas folhas possuem bordas cortantes e que servem de quincha, para cobertura de rancho.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Andadura lenta dos eguariços.
Espécie de cacete.
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.
Procurar ou buscar no campo.
Farra licenciosa.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).