Larga pra mim o zaino negro endemoniado
Pois eu me agrado é de surrar potro veiaco
E assim de pronto eu vou pro lombo e firmo o corpo
Neste sufoco deixo o tinhoso um caco
Sou pelo duro e me criei nesse serviço
É meu oficio tirar balda de cavalo
Por ser campeiro me agrada a xucra lida
Esse á a vida e Deus me deu por regalo
Vivo grudado nas crinas de algum veiaco bocudo
Na faculdade da doma me criei sem muito estudo
E hoje ando pelo mundo educando os cogotudos
Na faculdade da doma me criei sem muito estudo
No lombo liso de uma ventena eu me garanto
Nunca me espanto com tanto pulo e gambeta
Sou fronteiriço mescla de bugre e chimango
Baixo-lhe o mango e cravo a espora na paleta
Não me perguntem quantos potros já domei
Até nem sei, pois foi um eito e mais um tanto
Perdi as contas dos que já botei minha marca
Pingos monarcas que hoje relincham meu canto
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Mânha.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Adestramento.
Vivente de cogote grosso (grande).
Movimento desordenado para os lados (do perseguido) numa corrida em fuga, para evitar a captura.
Ave rapinídea; alcunha dada em 1915, aos Borgistas (usuários do lenço branco com nó comum).
Porção ou área de lavoura sem medidas exatas que era proporcional ao número de escravos escalados para cumprirem uma determinada tarefa naquela área.