Quando a fandango se estande na madrugada
E a sala veia fervendo mais que cambona
A gurizada então se atraca no tianguedo
E o gaiteiro de-lhe braço na cordeona
Sou fandangueiro, sou festeiro tipo bicho
Gosto de prenda que chacoalha as cadeiras
Com meu dedão vou cutucando as picanhas
E de-lhe canha tapado de polvadeira
Mexe que mexe no bucho da oito soco
Que eu me atraco feito louco na mais feia do salão
Num baile veio nem que eu dance com uma bruxa
Não tem coisa mais gaucha que um fandango de galpão
Um pandeirito bem certinho no compasso
Bulindo espaço no meio da multidão
Saio pra fora mesmo que tatu da toca
Eu e a chinoca com as virilhas toda assada
Que coisa linda um fandango galponeiro
E o gaiteiro com a cordeona corcoveando
De-lhe bugio, chamamé, xote e vanera
Eta porquera passemos a noite arrodeando
Denominação genérica do Baile Gaúcho.
Pava
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.