Eu to chegando nesse bolicho de estrada
Pois tem cordeona e bofetaço de pandeiro
China gaviona canha buena e carpeteada
Carta marcada, unha e graxa de candieiro
Virtude buena da chenga que mostra os dentes
Quem nem tem medo de pelego e de carona
Vou arrastando a alpargata no chão batido
Rosto colado, entretido no resmungo da cordeona
E tem um tal de nheco-nheco fuc-fuc
Gingue-lingue puf-paf... no vanerão
Rio de piranha jacaré nada de costa
E eu vou fazendo proposta pra me escapar do facão.
E é um tal de nheco-nheco fuc-fuc
Gingue-lingue puf-paf... tá bom demais
Pousar de graça, pedir dinheiro pra china
Perder tudo em jogatina isso é coisa que não se faz.
Faz muito tempo que a sorte não me acompanha
Tem um cavalo ligeiro pra me escapar
Vivo de golpe vendendo sonho pro povo
E o delegado ta querendo me pegar.
Ando mais liso que cherenga de açougueiro
Pois não me nego churrasquear com a parceria
To sempre bem pronto deito tarde e pulo cedo
Por que sei que o chinaredo dorme inté o meio dia.
Pequena bodega.
Calçado de lona com solado de sisal.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Tem dois sentidos: impulso brusco ou negócio fraudulento de alarife.
Vila, distrito.
bordel; onde fica o chinaredo
Até.