Eu sou crioulo dos campos das sesmarias
Tenho a mania de ginete de rodeio
Cheguei no mundo de laço e rédea na mão
O meu quinhão vem no trono dos arreios
Essa cordeona que carrego a meia espalda
Conhece a balda dos parceiros do relento
Abre caminho pra passagem do gaudério
Namoro sério e promessa de casamento
Quem me conhece já conhece o meu sistema
O meu dilema é o sorriso das gurias
A vida velha sempre linda no repecho
Sou quebra queixo famoso "das vacarias"
No fim do mês quando recebo o salário
Até o vigário me convida pra quermesse
A dona benta bota brilho no degote
Pra viver a sorte quando o gaiteiro aparece
Esses momentos de compor os sentimentos
Arrasta o tempo sete passos de comprimento
Pra ver a vida nas conchas das duas mãos
Bater garrão num rancho de chão batido
Quem me conhece...
Filho de origem estrangeira, nascido aqui. Pode ser filho de branco, de amarelo ou de preto, não importa a raça ou a cor.
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.
Apero de couro (torcido, trançado ou chato) preso às gambas do freio, que servem para governar os eguariços.
Mânha.
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.