Hoje de tarde vou botar os braços n'água
Deixar as mágoas deste lado da barranca
Tem som de gaita me dizendo "vem comigo"
E eu não consigo viver longe de bailanta
Quero dançar um xote velho bem antigo
No chão batido sapatear fazendo cova
Em quatro passos deixo a china apaixonada
Numa volteada que aprendi co's guavirovas.
Vai paleteando, seu gaiteiro, paleteando
Esse teclado amarelado da cordeona
Enquanto eu vou fazendo força aqui na sala
Roçando o pala no vestido da siá dona
Vou pro bolicho depois de pentiá o cabelo
Não sou camelo pra viver de guela seca
E o baile xucro segue alto dos pelegos
Nesse aconchego de gaudérios pura cêpa
É no rio grande, meu parceiro, que se
Encontra
De ponta a ponta um entrevero bem largado
Divertimento de quem ama a tradição
E este chão onde o gaúcho foi criado.
Vai paleteando...
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Ato de percorrer o campo trazendo alguns (ou todos) animais.
Poncho leve de seda (para o verão), de algodão (para meia-estação) e de lã tramada ou bixará (para o inverno).
Pequena bodega.
Selvagem.
Mistura e confusão de pessoas, animais ou coisas.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.