Quando volto às garras num final de tarde
venho assoviando uma coplita mansa
meio basteado pela dura lida
mas meu coração canta de esperança
sei que me espera junto à janela
dois olhos matreiros presos à distância
É a dona do rancho que sai porta a fora
para os braços rudes desse peão de estância
É um rancho posteiro num fundo de campo
meu pequeno mundo que eu mesmo fiz
como por encanto torna-se um palácio
para a prenda rainha que me faz feliz
essa prenda linda prendeu meu destino
não sou mais teatino, veja o que ela fez
ao olhar seu ventre sei com ansiedade
que em breve no rancho nós seremos três
vou aumentar o rancho pois sou prevenido
já tenho escolhido o pingo pra o piá
vai ser meu parceiro nas horas de mate
maior alegria que essa não há
quem tem o que eu tenho vai me dar razão
de cantar alegre galopeando ao vento
a saudade é um chasque pra mulher amada
que me invade o peito coração a dentro.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.
Vivente zelador de uma invernada e que reside nela.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
Afetivo de cavalo de estimação.
Carta ou bilhete.