Quando a lembrança da campanha me atropela
Traz na garupa uma saudade que judia
Ao mesmo tempo também serve de alento
Pra quem se lembra do rincão todos os dias
É quando o sol vem acordar o sul do mundo
Ou nos ocasos prenunciando noites largas
Que esta parceira que invade o peito despacito
E corta mais que o aço frio das adagas
Até parece que me encontro chimarreando
No oitão do rancho, de onde enxergo o mundo inteiro
O vôo manso dos tahãs na várzea grande
O meu cavalo retoçando no potreiro
É nessas horas em que as léguas se apequenam
Pois não há nada mais veloz que o pensamento
Que estou distante mas minha alma está lá fora
Asas libertas pra voar aos quatro ventos
Ah, quanta falta que me faz o fogo grande
Velho parceiro das campeiras madrugadas
Para rodeio, marcação, porteira afora
Pega de potro, cancha reta e guitarreada
Olhar os campos florescidos de setembro
Não há querência mais bonita do que aquela
Que hoje canto nestas coplas de saudade
Quando a lembrança da querência me atropela
Até parece que me encontro chimarreando
No oitão do rancho, de onde enxergo o mundo inteiro
O vôo manso dos tahãs na várzea grande
O meu cavalo retoçando no potreiro
É nessas horas em que as léguas se apequenam
Pois não há nada mais veloz que o pensamento
Estou distante mas minha alma está lá fora
Asas libertas pra voar aos quatro ventos
Anca.
Lugar isolado em fundo de campo.
Espaço seccionado numa cerca.
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.