(Letra: Dionísio Clarindo da Costa | Música: Oscar Soares)
A madrugada já me encontro fogoneando
Pensativo, chimarreando, arranchado na saudade
E me dou conta que a razão desta lembrança
Vem bastante de esperança e bem pouco de verdade
Fiz o meu rancho alicerçado na ilusão
Embretando uma paixão pra durar a vida inteira
E agora vejo que meu puro sentimento
Foi apenas um momento de aventura passageira
Aqui no rancho eu vou taureando tua ausência
Mas não tem graça conversar com a solidão
Porque solito isto aqui não é querência
É só um lugar onde morreu minha ilusão
A gente pensa que tem um rumo seguro
E que a vida no futuro é como se imagina
Porque às vezes o que a gente tem por perto
E semente no deserto que enfraquece, não germina
Não tenho medo de encarar esta saudade
Mas sei que a felicidade não é qualquer um que tem
E o que lamento é de um sonho jogado fora
De um amor que foi embora e não senti por outro alguém
Aqui no rancho eu vou taureando tua ausência...