(Letra e Música: João Carlos A. Portela)
Procuro o rumo do caminho das bailantas
Onde as percantas se entreveram pra dançar
Já encilhei bem a preceito o meu gateado
Tô preparado e tenho uns troco' pra gastar
E o chinaredo chega a brigar na janela
Se beliscando pra 'mode' me ver passar
E o meu cavalo não nega estribo
Sabe o perigo e nunca me deixa na mão
Fica nervoso batendo a cola no vento
Não perde tempo nas horas de precisão
Saio de noite, só volto de manhãzinha
E a vida é minha e ninguém tem nada com isso
Já trabalhei de sol a sol o dia inteiro
É fim de mês, não quero pensar em serviço
Lustrei as bota', já passei água de cheiro
Fandango e china e festança é meu compromisso
E o meu cavalo não nega estribo...
E o sol nascendo aponta lá no horizonte
E num reponte eu saio no upa-e-upa
E o meu pelego fica sedoso e macio
Quando uma china o espaço vazio ocupa
E o meu gateado pisa leve no capim
Quando esta prenda vem montada na garupa
E o meu cavalo não nega estribo...