(Letra e Música: Velho Milongueiro)
Muito obrigado, meu pai, por me fazer cantador
Alegre igual o senhor, divertido e brincalhão
Com idéia de campeão, apurada igual à sua
E fazer versos pra lua em noites de solidão
Não me fez fino e nem grosso, nem redondo e nem quadrado
Me fez um tipo alinhado, mais ou menos do seu jeito
Que sabe impor o respeito em qualquer parte que ande
E o mundo enxerga o Rio Grande quando eu abro este meu peito
Obrigado pelo ensino de dar carinho e perdão
Ouvir a voz da razão, amar mulher e criança
E não dar muita confiança pra depois não levar choque
Porque assim, conforme o toque, nesta vida a gente dança
Me dói ao dizer que, agora, meu velho já não existe
É o poema mais triste que o poeta escreveu
Ficou um retrato seu que lembra sua existência
Representando a querência, este retrato sou eu