(Mário Nenê/Gildinho)
Já faz algum tempo que eu estou bailando
Na sala ajojando uma marca na outra
Andava saudoso de baile costeiro
Com bugio campeiro e vanera potra
Camisa molhada e o suor escorrendo
Mas sigo metendo pataço na sala
Nem olho pra china, que pobre coitada
De tão estafada não ouve e não fala
Parece que o taura que toca essa gaita
É o tipo do taita que o Rio Grande aprova
Encordoa marca que tira da idéia
Mal termina a véia e acarca uma nova
E vai debulhando uma bem campeira
De lá da fronteira pro povo dançar
Depois que ele abre a cordeona gaúcha
Mas oiga, lapucha, não dá pra parar
Já tô meio tonto de dar tanta volta
A espinha tá torta e um calo no pé
Não tô reclamando, só quero ser franco
Por isso é que eu manco em algum chamamé
Mas sigo no tranco, firme no retoço
Não largo do osso, quero aproveitar
Que o baile é botado e é de qualidade
Passou da metade, já vai terminar
Parece que o taura que toca essa gaita...
Guariba, primata sul-americano.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Pancada forte com pata.
Vivente que se pode recomendar.
Vivente valentão, destemido e guapo.
Vila, distrito.
Quadrúpede que, ao dar o passo em frente, não consegue apoiar o remo (membro da frente) com desembaraço e perfeição.