(Paulo Rocha)
Fui perfilando meus caco' num galpão cerne de angico
Onde o mais pobre milico se transforma em coronel
Comandante do quartel da campeira fidalguia
Me emponcha na noite fria um calor de labareda
E um galo pena-de-seda cantarola o novo dia
Depois do ritual do mate, vou rumbeando pra mangueira
E a potrada caborteira me conhece pelo tranco
De tirador, lenço branco, rosetuda no garrão
Num mango feio na mão, no braço a rude certeza
De lidar com a rudeza de aporreado e redomão
Todo bagual que caruncha, nos dente' que fica bueno
Pros arreio' do moreno, ginetaço e domador
Do quebra corcoveador com maçaroca no rabo
Misto de bicho com diabo, de guará com mão-pelada
Se o mango é tala adoçada, é amargo o gosto do cabo
Já domei tantos que a tarca quebrou os ossos da conta
Pealei, fiz trocar de ponta, amanunciei potro em rodeio
Montei de em pelo sem freio, mas nunca perdi a esperança
Quem espera sempre alcança, por isso que eu alcancei
Tantos fletes amansei, só meu peito não se amansa
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
Vocábulo de origem espanhola, que significa: Militar.
Espécie de açoite.
Mal domado.
excelente, bom, ótimo ou cavalo xucro
Dois sentidos: nó enredado de cabelo ou crinas e ou intriga.
Nervura principal de algo.
Apetrecho de marcar contas.
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.