O traiedo apreparado, naco de fumo e cambona
As cobertas na carona do pingo bem encilhado
Me botei num upa-upa, poeira entrando na goela
E um regalito pra ela na minha mala de garupa
Um sol de rachar a guampa me ensopando os fundilhos
E o galope do tordilho me abagualando a estampa
No costado de um capão vou baixar acampamento
Pois se ajeitar no relento é o gosto deste peão
E assim me vou feliz cortando a estrada
Pra rever a namorada, que acendeu minha paixão
E assim mato essa saudade campeira
Com a china companheira, que domou meu coração
Um café preto e um pito, o charque pra dar sustância
Vou encurtando distancia, galopando vou solito
Não dou bola pro cansaço, o pensamento me leva
E este meu jeito maleva aguenta qualquer guascaço
Atravessando as campinas no peito baita ansiedade
Cruz-credo barbaridade que saudade da minha china
O patrão me deu três dias, e a vontade é de um mês
Quero chegar de uma vez pra me encontrar com a guria
Pedaço (de fumo em corda ou de carne).
Afetivo de cavalo de estimação.
Tipo de andadura de velocidade média (nem rápida e nem ligeira = moderada) dos eguariços.
Tem dois sentidos: pode ser um bosque e também pode ser um animal macho castrado (sem os testículos).
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Carne salgada e seca ao sol.
Malfeitor, desalmado, mau e perverso.
grande, crescido; (Se usa em outras partes do Brasil)
Barbarismo; interjeição que exprime espanto, admiração.
A maior autoridade de uma Estância, Fazenda ou CTG.