Me criei espichando a cordeona
Nos bailes do pago levando alegria
A emoção do meu verso se adona
Cantando a confiança nos melhores dias
Sou mais um dos gaiteiros da serra
Que ganha o mundo taureando os invernos
Não renego jamais minha terra
Meu velho pontão nos sonhos eternos
Não renego jamais minha terra
Meu velho pontão nos sonhos eternos
Minha alma é serrana
Cheirando alecrim
Eu sou cria de cima da serra
Agradeço essa terra que me fez assim
Minha alma é serrana
Cheirando alecrim
Eu sou cria de cima da serra
Agradeço essa terra que me fez assim
Abro a gaita com toda a certeza
Não invento nada conheço o que faço
Quando canto espanto a tristeza
E as manchas da vida desmancho a gaitaço
Sou gaitero de alma serrana
Não tenho preguiça se for pra tocar
Se é preciso passo uma semana
Abraçado na gaita pra o povo dançar
Se é preciso passo uma semana
Abraçado na gaita pra o povo dançar
Minha alma é serrana
Cheirando alecrim
Eu sou cria de cima da serra
Agradeço essa terra que me fez assim
Minha alma é serrana
Cheirando alecrim
Eu sou cria de cima da serra
Agradeço essa terra que me fez assim
Até entendo a moderna tendência
Mas não me maneio sou independente
Não comungo só com aparência
Pra matar a sede bebo um na vertente
Criticar o progresso não posso
Pois ninguém escapa da evolução
Mas por que não manter o que é nosso
E olhar pro futuro de cuia na mão
Mas por que não manter o que é nosso
E olhar pro futuro de cuia na mão
Minha alma é serrana
Cheirando alecrim
Eu sou cria de cima da serra
Agradeço essa terra que me fez assim
Minha alma é serrana
Cheirando alecrim
Eu sou cria de cima da serra
Agradeço essa terra que me fez assim
Lugar em que se nasce, de origem
Vila, distrito.
Cabaça para chimarrear (ou matear); em guarany caiguá.