Homem Rural
Herança dos Livres (2011)
Patricio Maicá
Trabalhando, trabalhando não viu a vida passar
o suor que regou a terra nem sementes viu brotar
trabalhando, esperando enfrentando chuva e sol
enxada na terra alheia nunca traz dia melhor.
assim a geada dos anos foi lhe branqueando a melena
e este homem rural, hoje é peão de suas penas.
e este homem rural, hoje é peão de suas penas.
e quando as ervas campeiras, já não me curam as feridas
perdido na capital, na esperança de mais vida.
chegou, ficou e esperou por uma mão estendida,
por que o deixam tão só, por que lhe negam guarida.
por que o deixam tão só, por que lhe negam guarida.
de que vale tanta ciência para o pobre agricultor
quando a própria previdência, o esqueceu num corredor.
quando a própria previdência, o esqueceu num corredor.
esperando, esperando enfrentando chuva e sol
enxada na terra alheia nunca traz dia melhor.
esperando, esperando por uma mão estendida
por que lhe deixam tão só porque lhe negam guarida.
por que lhe deixam tão só porque lhe negam guarida