Das Volteadas de Uma Estância
Das Coisas Simples da Gente (2002)
Cesar Oliveira e Rogério Melo
Inda nem rompeu aurora nos confins do firmamento e já se vê o movimento da indiada arrastando espora,
Então parece que as horas passam mais desapercebidas e as ansiedades da vida, ela emboca de algum jeito quando um piazito abre o peito na volta da recorrida.
É onde se agarra o quebra que tenha sangue nos olhos pois um covarde se axica quando o malo se embodoca, aos gritos de vira frente, a cavalhada entra em forma e o índio que sabe as normas não refuga o que lhe toca, um par de roseta grande um sombreiro requintado um tirador de vaqueta e uma gana no semblante, morrer mas morrer peleando jamais froxa o garrão com a pampa no coração e as inquietudes por diante
Das recorridas de campo até mesmo num aparte balanceando nos fiadores ou amadrinhando um potro, porque o flete é um companheiro, parceiro dia após dia, sempre que o galo anuncia que vêm no rastro do outro.
Assim desponta no passo a novilhada dos fundo pedindo boca pro mundo o ponteiro ganha espaço se agranda num cavallaço o rodeio bate guampa na culatra outra estampa estrala um relho de braça e a cuscada se adelgaça quando atropela nas pampa.
As volteadas de uma estância castigam alma de um guapo pois o lombo do cavalo não é bem o que se acha, mas o taura que se anima, terceia por estas léguas virando a boca da égua num grito de vai ou racha, um par de roseta grande um sombreiro requintado um tirador de vaqueta e uma gana no semblante, morrer mas morrer peleando jamais froxa o garrão com a pampa no coração e as inquietudes por diante.
Das recorridas de campo até mesmo num aparte balanceando nos fiadores ou amadrinhando um potro, porque o flete é um companheiro, parceiro dia após dia, sempre que o galo anuncia que vêm no rastro do outro.