Entre o Cerro e a Lua
Cavalo das Américas (2011)
Ênio Medeiros
Quando o cerro em relevo
Faz sombra pras pedras brutas
Orando em forma de gruta
Vestido de verde e flor
Pois só Deus, nosso senhor
Pinta essa beleza tua
Que desnuda a fralda do cerro
Banhada com a luz da lua
Quando te põe no espaço
Airosa em brilho lunar
Vem ao planeta clarear
Toda beleza infinita
Majestosa senhorita
Poetisa das minhas canções
Basílica da minha esperança
Santuário de orações
Entre a lua e o cerro
Entre o cerro e a lua
Só eu vendo a lua cheia
Pra matar saudade tua
Batizei-me nessa lua
Perante a água do mar
E uma canção de ninar
Salgava a brisa em meu rosto
Já te vi em mês de agosto
Branca hóstia de algodão
Fiz juras para minha amada
Quando beijaste o galpão
Vejo em quarto de lua
Como namoro com a prenda
Que às vezes vai se mostrando
Apenas pra quem entenda
Um dia mostra-se inteira
Vestida de tafetá
Casa com o céu, sorrateira
Sob o seu próprio luar
Entre a lua e o cerro...
(Letra: Ênio Medeiros/Maria Ester Vidal | Música: Ênio Medeiros)