Gripe do Porco
Mbororiano, Rio Grandense e Brasileiro (2020)
Mano Lima
A crise está violenta,
Ela vem atropelando,
Só se sabe que anda braba,
Mas não se sabe até quando.
Carne eu já não como mais.
Só como galinha e frango,
Inté as bombacha estreitei,
Tive que diminuir o pano.
Inda me pifou uma orelha,
Acho que é o tal de tímpano,
De tanto comer galinha,
Cheguei vomitar um pinto.
Me deu uma febre danada
Com a tal de gripe do porco,
Minha mãe lendo os termômetro,
Mas ainda foi muito pouco.
A febre era tão alta
Que dois termômetro não deu,
Então, me botou no rio,
E a água do rio ferveu.
Me levou, então, pro Uruguai,
Pra evitar que ela recolha,
O Uruguai não ferveu,
Mas chegou levantar borbolha.