Canto de Ausência
Meu Canto (1988)
Adair de Freitas
Quando escutares um lamento de cordeona
E a voz campeira de um cantor em serenata
Mesmo entre sonos saberás que quem te canta
Sou eu que vivo da saudade que me mata
Então recorda dos momentos que vivemos
Da intimidade deste amor que em nós viveu
Com a certeza que jamais conseguiremos
Viver felizes vida a fora tu e eu
Mas não te entrega, canta e vibra num sorriso
Pois afinal tu escolheste o teu caminho
E eu afinal já que estou só sigo vivendo
Pois tua ausência me ensinou viver sozinho
Se por acaso te acordar dentro da noite
Esta cantiga que não sabes donde vem
Serás minha alma consolando tuas magoas e a triste ânsia a de esperar por quem não vem
E nas manhãs ao despertar pra nova vida
Olha no espelho e te verás como me vejo
Meus olhos tristes com saudades dos teus olhos
Teus lábios secos com saudades dos meus beijos
Eu sei que vives na esperança de um encontro
Talvez querendo ser feliz com meu desgosto
Mas haverás de me encontrar sempre cantando
Com um palmo e meio de sorriso no meu rosto.