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Vou Rever os Meus Pais

Passando a História a Limpo (2019)

Júlio Cézar Leonardi

Letra: Júlio Cézar Leonardi
Música: Júlio Cézar Leonardi

Encilhei, a capricho, meu pingo... tô voltando pra minha vertente;
já faz tempo, me acoça o anseio de abraçar os meus pais novamente;
vou beber água pura do poço, café preto do fogão à lenha,
pão-de-milho do forno barreado, leite fresco e bem gordo da ordenha.

Pela estrada, me largo pachola, reviver o que deixei pra trás;
galopeando saudade e lembrança, estou indo rever os meus pais;
galopeando saudade e lembrança, estou indo rever os meus pais.

Lembro o mate bem doce e o pinhão em família, num jeitão antigo,
o aconchego do colo da mãe, o mais terno e sublime abrigo;
não esqueço das rinhas de galo, lá no velho galpão do meu pai;
ai, meu Deus, que saudade danada de um tempito que longe se vai.

Pela estrada, me largo pachola, reviver o que deixei pra trás;
galopeando saudade e lembrança, estou indo rever os meus pais;
galopeando saudade e lembrança, estou indo rever os meus pais.

Até vejo a velha pandorga, que nas tardes de outono eu erguia;
no terreiro onde jogava bola, nem um fiapo de grama crescia;
vejo o tempo passar tão depressa nos setembros de minha existência,
quem me dera ser guri de novo, com meus pais, lá na minha querência.

Pela estrada, me largo pachola, reviver o que deixei pra trás;
galopeando saudade e lembrança, estou indo rever os meus pais;
galopeando saudade e lembrança, estou indo rever os meus pais.


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