Galo de Espora
Passando a História a Limpo (2019)
Júlio Cézar Leonardi
Letra: Júlio Cézar Leonardi
Música: Júlio Cézar Leonardi
Se escuto um galo cantando, anunciando o novo dia,
Fico a imaginar se existe taura igual em valentia;
Galo bom vive ao relento, não se abala em chuva forte,
Nem se enverga em geada fria e não se entrega até a morte;
Desde cedo se conhece quando o galo é bom de espora:
Nunca foge de uma rinha, tá peleando a qualquer hora;
Sabe a hora e o lugar certo pra debulhar num laçaço
Algum garnizé metido, merecendo um talagaço.
Sou igual a esses galos, cantador bem altaneiro;
E nenhum frango se atreve a cantar no meu terreiro;
E nenhum frango se atreve a cantar no meu terreiro.
Fui criado igual aos galos, nascido para cantar;
Podem me partir no meio, mas ninguém vai me dobrar;
Eu só curvo meu joelho e só tiro o meu chapéu
Pro Pai velho criador, patrão santo lá do céu;
Os golpes que a vida traz, vou aguentando no peito;
Cada vez que eu levo um pealo, já levanto e me endireito;
O mundo é meu rinhadeiro, pra pelear até onde der,
E o troféu de cada luta é chegar onde se quer.
Sou igual a esses galos, cantador bem altaneiro;
E nenhum frango se atreve a cantar no meu terreiro;
E nenhum frango se atreve a cantar no meu terreiro.
Sou igual a esses galos, cantador bem altaneiro;
E nenhum frango se atreve a cantar no meu terreiro;
E nenhum frango se atreve a cantar no meu terreiro.
“Sou igual galo de espora, que quando bate dá um tombo;
Já levei algum puaço, também marquei algum lombo ;
Não piso em qualquer poleiro, da lida eu entendo bem;
Não sou mais que qualquer outro e não sou menos também !”