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Quando a Solidão Tem Cismas de Tapera

Escritos do Tempo (2018)

Jader Duarte

Repontei na noite de luar crescente
Tropilha de sonhos pra domar saudades
Pelo olhar sereno das lembranças tuas
Que amaina a alma quando o peito arde
Gritaram angustias pelas madrugadas
E o sal dos meus olhos se tornou um rio
Num caudal que salga as minhas palavras
Ecoando o silencio de um rancho vazio
Sem esses sorrisos que bebi de amores
Em noites de lua depois dos arreios
Calei a guitarra pra abrandar as dor
Pois o coração vinha mascando o freio
Encilhei um baio pra cantar quimeras
Saudoso dos mates que tua mão cevou
E a tristeza potra que na primavera
Transcendeu o tempo que nos separou
E a flor que colho num campo enfeitado
Pra cumprir promessas de amor sem fim
É adorno a cruz com teu nome entalhado
Que também sepulta um pouco de mim
E onde estiveres, sol do firmamento
A felicidade ainda assim me espera
Pois sei que renasces no meu pensamento
Quando a solidão tem cismas de tapera

Letra: Eduardo Trojahn e Cleiton Santos
Música: Jader Duarte
Violões e Contrabaixo: Maurício Lopes
Acordeon: Jackson Fabrício
Vocal: Éverton Hernandez


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