Rincão dos Touros
Meu Rastro - Vol. 1 (2012)
Luiz Marenco
Declamado:
"Nas estâncias de Bagé
Gastei esporas, caronas
Abri rastros nos serenos
Em contrabandos e domas
Guardei relinchos de potro
Nas ilheiras da cordeona"
Sobra cavalo pra cantar este Rio Grande
Largo a cabeça do meu verso pêlo mouro
Sou crina grossa, crioulo dos olhos d'água
E peão campeiro da Estância Rincão dos Touros
O Grujo velho, capataz há muito tempo
Meio lunanco das tropadas que levou
E mesmo assim segue bolcando a cada pealo
Xucros e malos que o destino lhe entregou
E mesmo assim segue bolcando a cada pealo
Xucros e malos que o destino lhe entregou
Na recolhida o Negrinho salta em pêlo
Numa gateada muy lerena e traiçoeira
Se esconde a cara no sair do parapeito
Já de vereda enreda a marca na soiteira
A cachorrada, no movimento da encilha
Faz uma festa de latidos esperando
Que a indiada saia pra fazer um costadito
Num desbocado que se arrasta corcoveando
Que a indiada saia pra fazer um costadito
Num desbocado que se arrasta corcoveando
O Zaragoza, cria de allá do Uruguai
Contrabandeou a própria vida para aqui
Passando esporas nos velhacos das estâncias
Bandeando potros nas cheias do Piray
O Dom Felipe, vaqueano desta fronteira
Bateu na marca pra o rumo da Serrilhada
Poncho molhado, pingos de muda por diante
Buscar uma tropa que hace tiempo foi comprada
Poncho emalado, pingos de muda por diante
Buscar uma tropa que hace tiempo foi comprada
Rincão do Touros, esperança de á cavalo
Na resistência, tranqueia de lombo duro
É um contramestre segurando a linha reta
Que a tradição vai alambrando pra o futuro
Sobra cavalo pra cantar este Rio Grande
Largo a cabeça do meu verso pêlo mouro
Sou crina grossa, crioulo dos olhos d'àgua
E peão campeiro da Estância Rincão dos Touros
Sou crina grossa, crioulo dos olhos d'àgua
E peão campeiro da Estância Rincão dos Touros
Sou crina grossa, crioulo dos olhos d'àgua
E peão campeiro da Estância Rincão dos Touros