Volta de Tropa
Meu Rastro - Vol. 1 (2012)
Luiz Marenco
Tropa entregue, trote largo, retorno hoje à querência
Vou ruminando a ausência que pastejei nos caminhos
E essa ânsia de carinhos numa carência baguala
Que aos tropeiros embuçala quando andejam sozinhos
Meu flete trocando orelhas, sonorizando as esporas
Como uma dança das horas de cascos ferindo pastos
E este rangido de basto se completa em melodias
Na gaita das sesmarias, por onde deixo o meu rastro
Na gaita das sesmarias, por onde deixo o meu rastro
Que lindo ver a querência, cada serro, cada aguada
Pra quem cruzou madrugadas nas rondas sonhando vê-las
Vem uma lágrima sinuela ponteando a felicidade
De quem viveu na saudade entre a pampa e as estrelas
No oitão do rancho, a china, sangrando noites de espera
Num riso de primavera reflorescendo faceira
É uma flor de corticeira da minha pampa bravia
Que ficou contando os dias, mirando a luz da boieira
Que ficou contando os dias, mirando a luz da boieira
Que lindo ver a querência, cada serro, cada aguada
Pra quem cruzou madrugadas nas rondas sonhando vê-las
Vem uma lágrima sinuela ponteando a felicidade
De quem viveu na saudade entre a pampa e as estrelas
No oitão do rancho, a china, sangrando noites de espera
Num riso de primavera reflorescendo faceira
É uma flor de corticeira da minha pampa bravia
Que ficou contando os dias mirando a luz da boieira
Que ficou contando os dias mirando a luz da boieira