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Potro Sem Dono

Pros Mates (2010)

Alma de Galpão

(Paulo Fagundes)

A sede de liberdade rebenta a soga do potro
Que parte em busca do pago e, num galope, dispara
Rasgando a coxilha ao meio, mordendo o vento na cara

Bebe o horizonte nos olhos, empurra a terra pra trás
Já vai bem longe a figura, mostra um caminho tenaz
Da humanidade sofrida que luta em busca da paz

Vai, potro sem dono
Vai, livre como eu

Se a morte lhe faz negaça, joga na vida com a sorte
Desprezo da própria morte, não se prende a preconceitos
Nem mata a sede com farsas, leva o destino no peito

Na seiva das madrugadas vai florescendo a canção
Aquece o fogo de chão, enxuga o pranto de ausência
Nesta guitarra campeira, velho clarim da querência

Vai, potro sem dono
Vai, livre como eu


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