Crescente Macarrona
Aporreado Conhaque (2010)
Ênio Medeiros
Letra: Rogério Villagran
"Amigo João Trollan, escuta essa milonga na costa do Rio Cumbuco."
A enchente chega tapando todo o banhado
E o Santa-Fé pega o nado quando vem clareando o dia
A vaca berra no pelado do rodeio
Reclamando o tempo feio, comendo a palha da cria
O vento sopra num galope desbocado
Se batendo no alambrado, a água costeia o cerro
Faz redemoinho quando pecha no meu mouro
Murmura berros de touro lavando o lombo do aterro
Faz redemoinho quando pecha no meu mouro
Murmura berros de touro lavando o lombo do aterro
E eu, de novo, vou botar o braço na enchente
Porque a crescente, dessa vez, foi macharrona
O rio tranqueia se escorando nas barrancas
Babando uma espuma branca, igual potra redomona
E eu, de novo, vou botar o braço na enchente
Porque a crescente, dessa vez, foi macharrona
O rio tranqueia se escorando nas barrancas
Babando uma espuma branca, igual potra redomona
Com fé nas linhas, volto de novo ao pesqueiro
E o pintado pescoceiro se rebolqueia no anzol
E o aguaceiro vai rolando, vai rolando
E o aguapé sarandeando, se perde nos caracol'
A esperança rebrota junto ao gramal
Pois renasce o banhadal depois que a enchente se vai
E o rio matreiro matreireia num bailado
E o posteiro, do outro lado, vara o rio num sapucay
E o rio matreiro matreireia num bailado
E o posteiro, do outro lado, vara o rio num sapucay
E eu, de novo, vou botar o braço na enchente
Porque a crescente, dessa vez, foi macharrona
O rio tranqueia se escorando nas barrancas
Babando uma espuma branca, igual potra redomona
E eu, de novo, vou botar o braço na enchente
Porque a crescente, dessa vez, foi macharrona
O rio tranqueia se escorando nas barrancas
Babando uma espuma branca, igual potra redomona
E eu, de novo, vou botar o braço na enchente
Porque a crescente, dessa vez, foi macharrona
O rio tranqueia se escorando nas barrancas
Babando uma espuma branca, igual potra redomona
E eu, de novo, vou botar o braço na enchente
Porque a crescente, dessa vez, foi macharrona
O rio tranqueia se escorando nas barrancas
Babando uma espuma branca, igual potra redomona
E eu, de novo, vou botar o braço na enchente