Meu irmão americano,
Hoje nada nos separa
Nem o julgo dos tiranos,
Nem idiomas, nem amarras
Porque hoje somos livres
Neste encontro de guitarras
Vim de além da cordilheira
Trago o chile ainda ferido
A bolívia nas olheiras
Dos meus olhos mal dormidos
E o luto de las madres
Pelos desaparecidos
(mas brindemos esta noite
Como a pampa nos ensina
Pelo vôo do condor,
Pelas flores das malvinas
Com o mate que é a seiva
Da américa latina)
Meu irmão americano
Vamos libertar cigarras
Esquecer os desenganos
E viver manhãs mais claras
Pois o sonho de bolívar
Hoje pulsa nas guitarras
Hermanos de las planuras
Venho cansado de guerra
Foram noites tão escuras,
De cadenas e esperas
O fuzil e as algemas
Violentando a primavera
(mas brindemos esta noite
Como a pampa nos ensina
Pelo vôo do condor,
Pelas flores das malvinas
Com o mate que é a seiva
Da américa latina)
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.