Depois que você se foi solidão cercou o pago
A noite perdeu o sono e o mate ficou amargo
Há um vazio de tapera, um silencio insatisfeito
A vida gastando as horas, bate bumbo no meu peito
E eu ando neste mundo grito, grito e não me ouço
Quando chamo por mim mesmo no espelho fundo do poço
O que dói na solidão não é dor de vida ausente
Mas essa morte infinita que vai vivendo na gente.
O rancho estala nas tabuas, me condena, faz alarde
E o catre vazio me mata quando geme de saudade
Paira um perfume de amor que toda noite se exala
Cheiro de um corpo febril que ainda arde no meu pala.
Pior que tudo isso é uma dor que não tem fim
Que morreu em você e permanece vivo em mim.
Lugar em que se nasce, de origem
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Cama rústica improvisada com o “maneador” passado entre dois varões que unem dois pares de pés em forma de “X”, sobre o que, coloca-se forros (pelegos).